Meu monstro

a cada dia que passa
tenho que lutar com meu monstro
ele me persegue com pensamentos
me diz que sou uma aberração
me diz  que não tem jeito não
tenho eu e o monstro
não consigo me livrar
o meu monstro
quer ser bom
mas só me causa terror
o meu monstro é uma aberração
imagino um inseto gigante
uma fera me atacando
esse monstro me persegue
mas o que tenho medo
é morrer e ele aparecer

Nessa vida passageira

Nessa vida passageira
Nessa vida passageira

quantos que morrem
sem nunca ter pensando
sem nunca ter a alegria, de viver em cima do monte
de tentar ser alguém, viver o dia, viver o hoje
quantos que não correm a correria
e não param e não adoecem
sempre estão sendo curados
na tristeza e alegria
quantos que já correm e esperam
que vivam mais e mais
mas na hora da morte, queriam viver e não morrer
quantos que parece que estão calmos
mas a vida, vida que me cobra
nesse ato de coragem, da vida derradeira
só podem pensar, que a vida é passageira

Nessa vida passageira
Nessa vida passageira

quantos que na vida, que não morrem
só pra não pagar o pato, todo pato que me deve
quantos que ao tentar ser indireto
ficam mandando recado, pensando ser muito breve
quantos que ao tentar brincar de gato
ficam com medo do rato, de barata e mariposa
ficam escutando o que não deve
mas na hora de pensar, só repetem e repetem a mesma coisa

nessa vida passageira
nessa vida cotidiana
nessa vida que demora
nessa vida que é agora

minha vida que foi ontem
minha vida que que é hoje
minha vida que desceu
Desceu desceu e desceu
e amanhã
já morreu