sábado, 27 de fevereiro de 2016

foda-se

fds amor

foda-se o amor

foda-se o amor

foda-se o amor

foda-se o amor

foda-se o amor

foda-se o amor

foda-se o amor

foda-se o amor

se vier com gracejos pro meu lado
não vou me importar mais
foda-se o amor
foda-se o amor
vou ali ver as minas passando
foda-se o amor
foda-se o amor
vou ali ver o jogo passando
foda-se foda-se o amor
o alcool vai fazer companhia
foda-se foda-se o amor
ela não se importa com isso
porque o dinheiro diz: foda-se o amor
porque ela chupa ela engole tudo
foda-se foda-se o amor

uma transa de outro mundo
foda-se foda-se o amor
é no rabo que ela gosta
foda-se foda-se o amor
trepa e fode vadia
foda-se foda-se o amor

Normal

minha mão disse quando nasci
você vai ser normal
logo cresci fumei e bebi
e falou que não sou normal
não creria no ser dela
isso não é normal
fui na igreja
sou um cara normal
voltei joguei fiz desejos
não era mais normal

não sou normal
o pisca pisca pisca da polícia
vem pegar o meu mal
o pisca pisca pisca da polícia
liga pra dar ritmo no som da música
vem pegar o meu mal

o que é ser normal?
é ser meio anormal
 pegar cheirar fazer
sexo sexo
pisca pisca
não sou da polícia
sabe aquela erva
vem pegar no meu pau



sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

imperfeição

ficava inconformado com paredes mal pintadas
porque o pintor não caprichou
mas agora aceito estou calmo
o mundo não é perfeito
ficava irado com motoristas perdidos
hoje me conformo
eles podem melhorar
ficava observando a cerveja aguada
como podem fazer isso!
mas mesmo assim provei
os preços estão caros
algumas coisas não
o meu chefe tem idéias
não posso reclamar
hoje aceito
ontem não
porque não consigo emagrecer?
coisa que não aceito
mas quando vem a festa
aproveito
queria comprar um telescópio
pra ver e confirmar os anéis de saturno
mas não dá
tenho que construir um quarto
pra dormir mais tranquilo
e ficar sem ver estrelas na noite
o mundo não é perfeito
uns tem que morrer pra dar vida a outros
o mundo não suportaria todos vivos
é o ciclo da vida
e isto parece perfeito

olho meu rosto no espelho
as vezes pefeiro
outras vezes imperfeição

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

conversa o verso

verso vem de converso
versa de conversa
converso em verso
porque a prosa não existe mais

versos que estão por ai
versos com que converso
conversarei em versos
escutarei conversas

os antigos ficavam "prosiando"
hoje só conversa
nos chats da vida
chats é conversa

gosto de uma boa "prosiada"
meu velho que o diga
se chat é conversa
chateando conversando?



domingo, 21 de fevereiro de 2016

hinos fúnebres

Ah esses hinos fúnebres.

Que me fazem chorar
todos estamos bem e estamos felizes
mas as vezes temos que nos encontrar
para ver pela ultima vez
o ente querido que se foi
e vemos a todos os chegados
de perto e de longe
e conversamos comentamos sobre o ente querido como estava
Damos risadas e passamos a noite velando o corpo
dai chega a hora
temos que nos despedir
começa o culto e esta bem e dai começa o hino fúnebre
ah esses hinos fúnebres
quantas vezes mais ouvirei?
Até que chegue a minha vez
se é mulher chora sem medo
mas sou homem e sou durão
mas não resisto
há muitas lembranças
seu filho estava lá
parecia durão
não vou chorar
mas ao se despedir o choro
uns dizem vai em paz
outros vai com Deus
mas a melodia dos hinos fúnebres
um dia não ouvirei mais









quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Ele é branco ou preto

Minhas poesias tem hora que acho lindas
Outras horas me deprimem
Acho tremenda porcaria
Mas não tem jeito
São como minha barba
Não são da mesma cor
Tenho que escreve-las
Digita-las para todo mundo ver e ler
Mas ninguém quer ler
Porque talvez achem melhor
Ler um conto erótico
Assistir pornografia
Naquele DVD pirata
Ou na sua TV pirata
Ou na sua internet pirata
Amor pirata
Ódio pirata
Não esta nem ai
Com aquele mosquito de duas cores
Ele é branco ele é preto
Vou fazer isso mesmo
Tentar que leia até o final
Mas quero que saiba
Que era pra provocar
E decidir
Se é branco ou preto
Esse poema que escrevi

Parado e pensando

Estava parado e pensando
Porque ao andar pensamos pouco
Ao assistir TV nada
Ao conversar inexplicavelmente confusão
Ao dirijir gosto de chingar o motorista desatento
Ele não escuta
Minhas janelas estão fechadas
O ar condicionado ligado
Faz muito calor
O rádio não toca a música que eu quero
E isto vai me cansando
Tenho pressa de chegar em casa
Ver meus filhos conversarem comigo
Eles me deixam feliz
Pena que ainda não sabem
Como é ruim
Quando estiverem dirigindo suas idas e vindas
Estudar, trabalhar ter raiva do patrão
Fazer compras, consertar a luz
Não saber se a comida vai estar pronta amanhã
Brigar com o amor
E quase sempre pensar que a morte é a solução
Sendo assim
Tomara que não desejem
Ser como eu 

Empático

empático e dramático
sou simpático louco e dramático
empatia
alguns me dizem
que sou louco e empático
mas sou o que sou
Melodramático talvez
O que seria empático sem o acento?
Estou em casa simpático
No trabalho com raiva
Vontade de viver na rua
Pra ver todas empatias
Me darão refrigerante ou cerveja?
Mel ou fel
Cachaça ou suco de laranja
Acho que darão o que lhes der sentido
Se triste álcool
Feliz suco de uva

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Pontuação

quem inventou
a regra da pontuação?
exclamação um risco e um ponto
interrogação
uma curva
desce e um ponto
e o ponto
porque o ponto é o final?
e a vírgula
Virgulino era o cangaceiro
teria ele algo a ver com ela
dois pontos
: e depois a explicação
fico admirado
a pensar que se fosse por mim
exclamação seria um boca aberta!
interrogação uma boca fechada
falamos outra língua mas os pontos são iguais
deveria ser a mesma língua com pontos diferentes!
muitas brigas mortes e guerras
não teriam acontecido
por não saberem pontuação
a mesma língua
poderia ser a solução
a pergunta do noivo a noiva
e não noiva pro noivo
responder com outra pergunta
não teria solução
perguntas sem resposta
com resposta exclamação!

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Nesse momento

Nesse momento
mil morrem
mil nascem
mil adoecem
mil caem
mil levantam
mil viajam
mil dormem
um milhão fazem amor
um milhão vivem a dor
de perder um ente
mil perdem os dentes
mil abusam de outros
mil são abusados
milhões de carros andando
milhões de carros parados
um milhão estão estudando
um milhão estão burlando a prova
mil estão na lua nova
mil sendo enterrados na cova
mil sendo assassinados
mil sendo culpados
mil sendo julgados
mil dormem agora
neste exato momento
um vulvão expele lavas
um está em erupção
um foguete está pronto
pra sair do chão
mil estão inventando
outros mil estão orando
mil ajoelhados para alá
mil acendendo incenso para shiva
mil alegres bebendo
mil triste chorando

destes mil podem ser mil
destes mil dez mil
talvez milhões
tudo está em movimento
e neste exato momento
mil poemas são escritos
mil poemas declamados
e para completar 
este poema vou parar
um a menos nos mil
novecentos e noventa e nove
neste momento continuarão