sexta-feira, 25 de abril de 2014

o que prefiro

o que prefiro?
prefiro sua sinceridade
do que a dor da tua mentira
da sua nova intenção
sem ter noção
dessa tua enganação
prefiro que seja assim
me olhe, pense reflita
para tentar ser menos
menor do que aquele prédio
sua mente fechada
sua dose de engano
tenho pena tenho dó
porque ela vem para nós
vem faze-lo pensar
que é menos que um animal
que não pode viajar
o que prefiro
podes não preferir
porque a preferência
está no fundo da inocência
copiado pelo instinto
do seu destino

quarta-feira, 9 de abril de 2014

poema do re

queria
recomeçar
reconsiderar
remediar
render-se
redimir-se
reestudar
reanimar-se
reinventar-se
realizar-se
remanejar-me
repensar
retirar-se
restabelecer
reviver
redimir
redondamente
rebelar
ressucitar
reajudar
repreender
recolocar
remediavelmente
recobrir
relavar
recobrar
reinventar
reimplantar
regressar
e depois recomeçar tudo de novo
mas a repreensão
da recolocação
da reposição
da religação
não deixará
remodelar-me
reestruturar-me
pela reatuação
e repactuação
repatriar
retentar
reparar
regurgitar
resolvi
a reprogramação
da retirada de duas tentativas
da religião
para o regresso
da rebentação
redima-se
recoloque-se
remodele-se
reinvente-se
repreenda-se
redija-se
recomece
assim poderás
reponderar
suas relevâncias

sábado, 5 de abril de 2014

alcool

porque o alcool
se gosto do alcool
mas não posso dirigir
o alcool digerido
mas quando estou só
o alcool me faz companhia
maldito o inventor da diversão
se ele quis que trabalhasse
porque me deu  diversão
a diversão é tudo
é a completa dúvida da angústia
nessa sua festa rústica
não funciona sem
funcionaria cem
cem garrafas de alcool
para me fazer sorrir
porque não vou e não volto?
se prometesse que esquecesse
eu degustaria
alcool até morrer

depois só me resta dançar

depois de tentar de tudo
depois de fazer tudo
depois das  recusas
e das escusas
só me resta dançar

depois da tristeza
depois da alegria
depois do que fica
e do que vai
sem querer
só me resta dançar

depois da nota baixa
depois da batida na caixa
depois do silêncio
depois da morte
só me resta dançar

porque se danço
esqueço de tudo
de tentar tudo
da tristeza e da alegria
da nota baixa
do silêncio do caixão
só me resta dançar

vou dançar na rua
vou dançar na praça
mesmo que não tiver graça
se não tiver você pura
nessa vida sem graça
só me resta dançar

quinta-feira, 3 de abril de 2014

outros segredos

o que fazer quando o mundo para
quando temos um adoecido
sofrível e desiludido
respeito
olho uma comunidade
unida como um formigueiro
elas não reclamam
elas resolvem
mas se uma para
o alerta é respeito
vamos descobrir o segredo do mundo
todos juntos
o que faz sermos seres
impressionante como te dou respostas
mas não preciso do seu respeito
seu respeito é dinheiro
o que faz eu ser é o movimento
o que faz a diferença é a impressão
o que faz eu querer saber
e depois me arrepender
é a idade
a idade da curiosidade